Acordo. Saio pra faculdade. Fico 4 horas numa sala ouvindo um ou dois senhor(es) ou senhora(s) falando um monte de coisas, as quais cerca de metade entra por um ouvido e sai pelo outro. Bandejo. Volto a ficar quatro horas noutra sala ouvindo coisas que, novamente, não se trancafiarão em meu cérebro. Volto pra casa. Janto. Durmo.
Começa outro dia, e a rotina se repete. Estou cansado, faço besteiras, que por vezes não admito, e continuo cansado. Um cansaço que vai comentao lugar de algo que antes era vazio. Mas que continua vazio: o cansaço ainda é um espaço vazio, um vetor nulo, como diriam os professores de Álgebra Linear. Um 0. Um O. Um o. Dá no mesmo.
Preciso sair, mas sempre falta tempo.
Preciso me divertir, mas a diversão é sempre supérflua.
É o nada preenchendo o vazio.
Por vezes, surge uma agulha no vazio. Mas ela é incapaz de bordar um cachecol, uma blusa, ou de fazer qualquer outra coisa que possa preencher o O. Ela apenas me cutuca, me incomoda. E eu continuo tentando fingir que lá não há nada, até porque não há nada mesmo. O 0 continua lá, me consumindo, me espetando, reciprocamente me ignorando.
Os planos, quando surgem, não saem da cabeça. E quando saem, dão errados. E nessas horas, eu entro num beco, encurralado por mim mesmo. Não consigo admitir que fiz algo errado. Não fiz algo errado. Não estou fazendo algo errado.
Talvez o problema seja se colocar no lugar de outrem, o que, nesses casos, malditos casos, eu não consigo. Acho que jamais conseguirei. E assim o vazio aumenta. Aumenta, preenche o todo. O o vira O, e não pára, pois eu o alimento, com mais o.
Independentemente de estar certo ou não, não pedirei desculpas. Lembram do beco? Eu sou o beco, eu sou a prisão: a grade, o chão, o teto, as paredes, e nem uma privada há, para que a água possa sair. Como posso pedir algo que eu mesmo não me daria? Isso soa contaditório pra mim, e com isso a prisão vai diminuindo sua área, as paredes vão se fechando. Mas não há com o que se preocupar, só há um O lá.
Sempre haverá um 0 lá. E ele está crescendo, o que até contrasta com as paredes, o chão e o teto se apertando. E essa situação perigosa não se acalma, apenas se torna pior.
Só falta a explosão...
Começa outro dia, e a rotina se repete. Estou cansado, faço besteiras, que por vezes não admito, e continuo cansado. Um cansaço que vai comentao lugar de algo que antes era vazio. Mas que continua vazio: o cansaço ainda é um espaço vazio, um vetor nulo, como diriam os professores de Álgebra Linear. Um 0. Um O. Um o. Dá no mesmo.
Preciso sair, mas sempre falta tempo.
Preciso me divertir, mas a diversão é sempre supérflua.
É o nada preenchendo o vazio.
Por vezes, surge uma agulha no vazio. Mas ela é incapaz de bordar um cachecol, uma blusa, ou de fazer qualquer outra coisa que possa preencher o O. Ela apenas me cutuca, me incomoda. E eu continuo tentando fingir que lá não há nada, até porque não há nada mesmo. O 0 continua lá, me consumindo, me espetando, reciprocamente me ignorando.
Os planos, quando surgem, não saem da cabeça. E quando saem, dão errados. E nessas horas, eu entro num beco, encurralado por mim mesmo. Não consigo admitir que fiz algo errado. Não fiz algo errado. Não estou fazendo algo errado.
Talvez o problema seja se colocar no lugar de outrem, o que, nesses casos, malditos casos, eu não consigo. Acho que jamais conseguirei. E assim o vazio aumenta. Aumenta, preenche o todo. O o vira O, e não pára, pois eu o alimento, com mais o.
Independentemente de estar certo ou não, não pedirei desculpas. Lembram do beco? Eu sou o beco, eu sou a prisão: a grade, o chão, o teto, as paredes, e nem uma privada há, para que a água possa sair. Como posso pedir algo que eu mesmo não me daria? Isso soa contaditório pra mim, e com isso a prisão vai diminuindo sua área, as paredes vão se fechando. Mas não há com o que se preocupar, só há um O lá.
Sempre haverá um 0 lá. E ele está crescendo, o que até contrasta com as paredes, o chão e o teto se apertando. E essa situação perigosa não se acalma, apenas se torna pior.
Só falta a explosão...
Um comentário:
Rotina cansativa. A rotina sempre prende, talvez esse seja o problema. Qualquer coisa que fuja à rotina acaba nos deixando meio perdidos.
Um post meio lírico. XD
Nunca tinha vindo aqui, legal seu blog. *conhecendo o ambiente*
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