Verdades à tona

Essa semana tem sido bastante proveitosa para pensar: para pensar no que eu quero para mim e em quem eu quero que esteja ao meu lado no futuro que eu tenho, e no futuro no qual muitas coisas vão mudar.

Hoje foi um dia de esclarecimento: muitas coisas vào mudar a partir de hoje, e a primeira delas é diretamente ligada ao futuro deste blog: este post é o último post da Shalshisheira. Hoje, dia 1º de abril, no mesmo dia que, quatro anos atrás, este projeto começou, este blog termina. Foram quatro longos anos e 380 postagens nas quais estavam presentes, em alguns, alegria, em outros, tristeza, sempre junto com indignação, comformismo, humor e até planos, que também estiveram presentes nesse que foi uma das minhas válvulas de escape mais usadas nos últimos quatro anos. Aqui, você pôde ler vários momentos marcantes da minha vida. Mas isso acaba hoje, com algumas revelações neste post, e um último e definitivo adeus ao final.

Outra coisa que acaba hoje é o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas para mim. Não sou feliz fazendo um curso extremamente difícil e que, depois de 3 anos e 1 mês, descobri que não gosto nem um pouco. A meteorologia não corre nas minhas veias, não é algo que eu consegui engulir muito bem, e a falta de perspectiva na profissão me fez mudar completamente de rumo, saindo da área de Ciências Exatas e partindo para uma aventura: vou partir numa viagem pelo país por um ano e, quando voltar, decido o que farei da vida.

Quero coisas simples, e, se não seguir o sonho do meu pai (que é de fazer administração e ir trabalhar na pisoag), pretendo fazer algo que me deixe feliz. Turismo? Estatística? Gastronomia? Ciências Sociais? Quem sabe... É algo que eu terei um ano pasas pensar.

Outro fator que me fez sair do IAG são as pessoas de lá: amizades falsas que eu sei que jamais aceitariam uma coisa muito impotante: eu sou gay. Justamente por isso, estou pouco me fudendo para elas no momento. Amizades interesseiras que, dede que eu entrei no Instituto, só me usaram e pouco ou nada me deram em troca. Amizades fracas, mais frágeis que um fio de cabelo de uma pessoa que está ficando careca. Isso também me ajudou na minha decisão.

Alguns nomes não são necessários, estão na cara. Só cito aqueles cuja amizade se mostraram verdadeiras: a Fê e a Lívia. Os outros, já são passados no momento. E no passado permanecerão durante todo o resto de vida que me falta.

Mas não se enganem: não são só as amizades da faculdade que me se mostraram escrotas. Cansei de ser falso com as pessoas que conheci na net também: André, Alexandre, Letícia, Guilherme, Vinicius, Paulo Victor, Ismael, João Renato, Ayres, Leonardo, Fernanda Tangerino, e tantos outros que, depois de conhecê-los por um certo tempo, eu mal aguento conviver com eles, tamanha sua chatice, tamanha sua falta de apoio à minha pessoa, tamanha sua burrice, tamanha sua ecrotidade, tamanha a minha própria falsidade, que, fica claro para mim agora, é recíproca.

De todos, só o Malk, o Fagner e a Bia que eu sei que são as pessoas com as quais eu sempre poderei contar. E são essas as pessoas que, durante minha viagem de um ano pelo país, eu tentarei visiotar em suas casas, e que sempre terão portas abertas aqui onde moro. Aos demais, que encarem toda a verdade.

E os que nem foram citados, como os do Camargo e de outros lugares, são tão insignitificantes que nem merecem citação.

E a verdade é que este blog termina aqui. Adeus a todos.