Virada Cultural 2010 [4]

Dúvido que você lembre, mas em maio rolou a Virada Cultural, e, aqui no blog, eu fiz uma lista enorme de sugestão tanto para as primeiras 12 horas como para as últimas, além de uma previsão do tempo completa e detalhada para o evento. Pois bem, que tal, finalmente, dizer como foi a Virada Cultural?

Primeiro, sobre a organização: foi muito melhor que a de 2009, quando tivemos problemas de lixo acumulado e a principal estação de Metrô que servia o evento ficou fechada. Neste ano, o Metrô não apresentou nenhum problema e a quantidade de garis foi maior, apesar de ainda ocorrer acumulo de lixo, mas isso é natural num evento com tanta gente ao ar livre. Um outro problema é a segurança. Mas, como esse é um problema habitual do centro de São Paulo, não acho válido relacioná-lo à Virada Cultural.

Mas o que interessa mesmo são os shows. Não vi nem metade do sugerido há 4 meses, mas vi muita coisa.

Barbarito Torres e Ignacio Mazacote

O primeiro show que peguei foi o primeiro show da Virada Cultural: Barbarito Torres e Ignacio Mazacote, ex-integrantes do Buena Vista Social Club. Eles tocaram no principal palco do evento, que foi montado próximo à Estação Julio Prestes. Localização não muito boa: no meio da cracolândia e de local com muitos moradores de rua, que foram expulsos de 'casa'. O show foi bom, apesar do aperto. Fui com o Cuxiú e dançamos por osmose: era mais fácil seguir a dança das pessoas ao redor do que ficar parado.

O show terminou e rumamos para o Palco Rock, onde se apresentava a lendária Grand Mothers Re:Invented, que é a ex-banda do Frank Zappa e que tocou clássicos tanto de sua história como do músico. O início do show foi empolgante, mas as músicas soam repetitivas ao vivo e cansam, afugentando boa parte do público antes mesmo do final. Parte dos afugentados fomos eu e o Cuxiu, que resolvemos conhecer os demais palcos.

Desengonçalves

Fomos na direção do Arouche e encontramos os Desengonçalves. E, tal como o já indicado no post da Virada Cultural: foi muito engraçado! Incrível como o André Abujanra manda bem!

O melhor show da noite!

Não acompanhamos o show inteiro porque nossa prioridade era outra: ver Big Brother & The Holding Co. no Palco Rock. E, apesar de ter chego com o show já começado e de estar lotado, conseguimos acompanhar de razoavelmente o melhor show da Virada Cultural 2010! Não é à toa que, depois de ver o show, eu baixei toda a discografia da Janis Joplin e tem sido dela as músicas que eu mais ouço ultimamente. Foi um showzaço! A vocalista que estava no lugar da Janis mandou muito bem (seu nome é Sophia Ramos) e a banda mostrou que, mesmo velha, ainda toca com rigor os clássicos da década de 60! Muito foda!

Velhas Virgens

Depois de ter acabado com a voz no show da Big Brother, fomos encontrar o Vina e o André e, depois de muito tempo, finalmente conseguimos ir para algum local de show: do Sidney Magal, no Arouche. O tio na janela chamou mais a nossa atenção que o Sidney Magal. A moça "trepando" com a árvore chamou mais a nossa atenção que o Sidney Magal. E, depois de cansar de ver coisas extra-show, voltamos ao Palco Rock: era a hora do show mais esperado da noite: Velhas Virgens.

E, apesar de termos ficado longe do palco devido ao cansaço e à enorme quantidade de gente, o show foi muito bom! Tocaram seus maiores sucessos. Tocaram músicas do Adoniran Barbosa. E, claro, tocaram Eu Bebo Sim! Fizeram um showzaço tão bom quanto o do ano passado, sempre brincando e interagindo com o público, dando novamente o gostinho de "eu quero mais!"

Edy Star

Com muito cansaço, era hora de um show mais light e menos disputado. Sugestão: Edy Star, tocando Raul Seixas enquanto o Sol nascia. Depois de uma longa caminhada e um pequeno tempo dedicado ao descanso, vimos tranquilamente ao show (encostados na grade), que foi bom, apesar de não animar muito.

Por fim, ainda muito cansado (principalmente por ter tido a brilhante (sic) idéia de ir de mochila), sentamos e cochilamos e, depois, fomos ver o que, pra mim, foi o último show da Virada: da Pitty. Chegamos, reparamos que ela estava de pijama (ela pediu para que os fãs dela também fossem desse modo ao show), foram três músicas e logo depois o show acabou. E eu praticamente não prestei atenção no show (tinha coisa melhor perto, pervamente falando), então não me pergunte se foi bom ou não.

Pitty, fechando a minha Virada Cultural

O Max, o Vina e os demais ainda viram o CPM22, mas eu, cansado, voltei pra casa. Pretendia retornar mais tarde e ver ABBA (que minha mãe e o César viram) e Titãs, entre outros, mas dormi demais e, depois de acordar, fiquei com preguiça e de enrolação junto com outra pessoa. Mas... Quem sabe ano que vem, certo?