24 de junho de 2006

15 anos

Feliz aniversário SONIC!!!

Como o sub-título já diz, esse post é de aniversário.
Não de uma pessoa, mas sim de um personagem que marcou a minha vida (e a de muitos outros): o Sonic. No dia 23 de junho de 1991, foi lançado, para o Mega Drive, Sonic, The Hedgehog, um jogo que marcou uma geração, e fez história.

Segue trechos de matéria retirada da Folha Online:

A história de Sonic começou no início de 1990. A Nintendo era dona absoluta do mercado, com o NES estava presente em 25% dos lares americanos. O Master System, da Sega, tinha vantagem apenas na Europa - onde a companhia de Kyoto nunca foi forte - e no Brasil. Mais que isso, a Nintendo tinha o personagem Mario, cuja popularidade o credenciava a ícone pop - uma pesquisa chegou a dizer que era mais conhecido que Mickey Mouse - e estrelava jogos de enorme sucesso. "Super Mario Bros 3" ainda é o jogo mais vendido da história, se não forem levados em conta os jogos inclusos em pacotes, os chamados "bundles".

Para vencer a Nintendo, o então presidente da Sega, Hayao Nakayama havia colocado no mercado um videogame de nova geração bem antes da rival. Contando com seu sucesso nos fliperamas, fez um console que conseguisse rodar esses jogos. Mas também sabia que só isso não bastaria, necessitando de um personagem carismático para representar a marca Sega e estrelar jogos que destacassem as qualidades do Mega Drive (Genesis nos EUA).

Nakayama lançou esse desafio dentro da empresa e a divisão AM8 se candidatou. Desde então, o grupo de 15 pessoas - de onde sairia os membros da Sonic Team original -, passou meses analisando propostas de personagens enviadas de vários setores da companhia. Uma das idéias iniciais era uma espécie de coelho que agarrava objetos com a orelha e arremessava-os nos inimigos, mas esse mecanismo foi considerado complicado demais. Parte desse conceito foi usada no jogo "Ristar", de 1995, feito pela própria Sonic Team.

Depois, foi decidido que o personagem viraria uma esfera para atropelar os oponentes. Para soar um pouco mais agressivo, foram colocados espinhos na criatura. Com isso, os finalistas, eram um tatu e um ouriço terrestre. O designer de personagens Naoto Ôshima, que trabalhou nos dois primeiros "Phantasy Star" e viria a criar o mítico personagem de "NiGHTS", identificou neste último as melhores possibilidades, que ganhou o codinome de Mr. Needlemouse. O tatu seria base para Mighty, outro personagem da turma de Sonic.

Ôshima também havia pensado em vários mascotes, como um cachorro, parecido com um buldogue, e um lobo com roupa inspirada na bandeira norte-americana. Outro candidato era um personagem rechonchudo, com óculos circulares e um farto bigode, que acabou sendo base para o arquiinimigo de Sonic, o Dr. Eggman (Robotnik nos EUA).

O núcleo do grupo, formado por Ôshima, o programador Yuji Naka (de "Phantasy Star I" e "II") e o designer de jogo e fases Hirokazu Yasuhara - que viria a trabalhar na série "Jak", da produtora Naughty Dog - mirou numa característica do Mega Drive que os consoles da rival Nintendo não eram páreos: a velocidade. Simplesmente, o videogame da Sega tinha o dobro da velocidade nominal da máquina que seria o Super Nintendo.

Devido ao foco na velocidade, o personagem ganhou o nome de Sonic, que também inspirou o recém-formado grupo, chamado de Sonic Team. O jogo que eles planejaram mudaria radicalmente os paradigmas do gênero ação com plataformas, fazendo com que a progressão do game fosse extremamente veloz. As fases foram projetadas para parecer uma montanha-russa, com rampas, loopings e trampolins, que viraram marca registrada da série.

Como um bom clássico, a música também foi importante para o seu reconhecimento. As composições ficaram a cargo de Masato Nakamura, da banda pop japonesa Dreams Come True. A música do jogo é uma das mais conhecidas dos games, principalmente o tema de abertura e da primeira fase, a Green Hill Zone. A famosa voz "Sega" que aparece ao ligar o cartucho também foi inaugurada com o título.

Quando "Sonic the Hedgehog" foi lançado nos EUA, em 23 de junho de 1991, o Super Nintendo conquistava as atenções por ser um lançamento e graças à qualidade de "Super Mario World". A Sega deu continuidade ao seu marketing agressivo nos EUA. Anteriormente, havia feito propagandas usando mensagens como "Genesis Does What Nintendon't" ("O Genesis faz o que o Nintendo não faz").

Com o lançamento de "Sonic", as campanhas passaram a destacar a velocidade do personagem e do videogame da Sega. A mensagem era clara: Sonic/Mega Drive era rápido e descolando, enquanto o rival Mario/Super Nintendo era lento e antiquado. O resultado foi um sucesso estrondoso do jogo e do personagem, que refletiu nas vendas do console e colocou a Sega na liderança do mercado norte-americano. O jogo passou a acompanhar os novos pacotes do Mega Drive, ajudando a melhorar ainda mais as vendas.

O desenvolvimento de "Sonic 2" foi conturbado. Yuji Naka deixou a Sega por não se sentir recompensado pelo grande sucesso de "Sonic the Hedgehog" - tradicionalmente, no Japão, os salários e cargos melhoram conforme o tempo de casa e não pelos resultados obtidos.

Mas Mark Cerny, criador de "Marble Madness" e que viria a trabalhar em "Crash Bandicoot", convenceu Naka a trabalhar na Sega da América, com a promessa de pagar bônus com base nas vendas, além de conceder uma Ferrari. O programador, um admirador de automóveis, aceitou a proposta. Por outro lado, Yasuhara também passou a trabalhar na divisão americana, ensinando aos jovens funcionários o ofício de criador.

Tendo assegurado dois dos criadores do "Sonic" original, Cerny conseguiu que a continuação fosse feita na Sega Technical Institute. "Sonic 2" trouxe ainda mais velocidade, mas também atacou onde o Super Nintendo era forte. A fase bônus do game imitava um ambiente 3D, como aqueles que o concorrente fazia. Além disso, a continuação contou com mais um personagem simpático, Tails, além de trazer modalidades para dois jogadores, seja cooperativa e competitiva.

"Sonic 2" foi lançado em 24 de novembro de 1992 e mais uma vez a Sega dos EUA preparou campanhas que destacavam a velocidade. Desta vez, o diferencial atendia pelo nome de "Blast Processing", um método que consiste em mostrar uma imagem enquanto uma outra era carregada na memória, que não era possível no Super Nintendo. Importante ou não, o factóide produziu efeito e "Sonic 2" acabaria se tornando o jogo de maior sucesso do Mega Drive.

Enquanto isso, Ôshima ficou na Sonic Team e dirigiu "Sonic CD" para o acessório Sega CD. Lançado em 23 de setembro no Japão, foi considerado por muitos o melhor da série e se tornou o título mais vendido para o periférico, mas não evitou o seu fracasso. A maior característica do game é que cada fase tinha diversas versões, como passado e futuro. O título causou controvérsias nos EUA, pois sua trilha sonora foi mudada para o território e algumas publicações afirmaram que as novas músicas eram piores que as composições originais.

O "efeito Sonic" ficou claro nas contas da Sega. A renda bruta em 1989 era de US$ 813 milhões, mas deu um salto para US$ 3,6 bilhões em 1993. Além de jogos, o mascote apareceu em quadrinhos, desenhos animados e um sem-número de produtos. Em 1992, conseguiu repetir o feito de Mario, o de superar a popularidade de Mickey Mouse. Na época, Sonic foi mais lembrado que o famoso rato por crianças entre 6 e 11 anos.
Em 1993, Sonic foi o primeiro personagem de videogame a aparecer na tradicional parada do Dia de Ação de Graças da loja de departamentos Macy's. Sua trajetória de ícone pop continuou em 1996, sendo o pioneiro entre os mascotes de games a ser eternizado no National Film and Television Archive, um órgão governamental norte-americano que tem por objetivo preservar filmes e programas de TV históricos.

O seu reconhecimento se estendeu até na comunidade científica, dando nome a uma proteína ligada ao surgimento do câncer pulmonar, a Sonic Hedgehog. A imagem do personagem também aparece no time japonês de futebol Jef United e no time Williams de Fórmula 1, quando foram patrocinadas pela Sega.

O mascote começou a perder força depois de meados da década de 90, sem títulos de expressão para o Saturn. No Dreamcast, protagonizou dois jogos com algum destaque, antes de a Sega se retirar do mercado de hardwares. Com isso, o mascote apareceu em sistemas outrora rivais, como o Game Boy Advance, GameCube e PlayStation 2.

Breve mais sobre Sonic.
Pretendo contar a história dos jogos, e alguns “bônus”.
Até.

Um comentário:

El NEgro Lamar disse...

Sonic?? Mucho Loko. A mi me gusta mucho Sonic, olo mejor. Y Mas, el es muy hermoso (yo no soy EMU).
PEro este texto esta muy largo, entiendo yo.
Apeirto en tu mano, El NEgro.

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