28 de maio de 2007

Autonomia Universitária em jogo

Eu estava fazendo um texto, bem longo, explicando sobre a autonomia universitária, os decretos, o que aconteceu na USP recentemente, o que acontece, o que vai acontecer e minha opinião sobre tudo isso. Mas, tendo lido o excelente texto do Professor Doutor Aposentado da Faculdade de Direito da USP, Dalmo de Abreu Dallari, achei mais oportuno para você, visitante, postá-lo, do que qualquer texto de minha autoria.

Segue, portanto, texto de um Professor de Direito, de uma pessoa que conhece a Lei e as Constituições que regem a sociedade. Leiam com atenção, e pensem seriamente no assunto.

AUTONOMIA AGREDIDA
Dalmo de Abreu Dallari

O novo Governador do Estado de São Paulo, José Serra, iniciando o exercício de seu mandato no começo de 2007, editou um conjunto de decretos que parecem ter sido preparados de afogadilho e sem avaliação de suas conseqüências, tendo já acarretado algumas conseqüências negativas, estando neles a raiz da invasão da Reitoria da Universidade de São Paulo por estudantes daquela universidade. Seja qual for a opinião quanto à conveniência e oportunidade da invasão, o fato é que os decretos do Governador estão diretamente ligados àquele acontecimento. Talvez se diga que se os estudantes estivessem mais bem informados quanto ao exato conteúdo dos decretos e ao seu alcance poderiam manifestar desacordo, mas sem chegar àquela medida drástica, mas isso também revela a afoiteza e imprudência do governo na apresentação do fato consumado, sem maiores esclarecimentos. Na realidade, a análise jurídica dos referidos decretos leva à conclusão de que existem ali algumas evidentes inconstitucionalidades, havendo mesmo, em alguns pontos, uma tentativa de mascarar a realidade, por meio de uma espécie de ilusionismo jurídico, que, no entanto, não resiste a um exame mais atento, mesmo que baseado apenas no bom senso e na lógica. Bastaria observar que no dia 1º de janeiro de 2007 o novo Governador já emitiu extensos decretos, eliminando e criando Secretarias na organização administrativa superior do Estado, para tanto exercendo atribuições que não são do Executivo, mas da Assembléia Legislativa do Estado. É oportuno lembrar que o decreto é ato administrativo, que o Chefe do Executivo pode praticar para fixar regras de caráter regulamentar, mas que só têm validade e força jurídica se não contrariarem qualquer dispositivo da Constituição ou de alguma lei. E isso não foi observado.

Um desses decretos, o de número 51.460, de 1º de janeiro de 2007, pode ser considerado extremamente audacioso, pois expressa uma tentativa de alterar pontos substanciais da ordem pública pública, criando e extinguindo órgãos de grande relevância na organização administrativa fundamental do Estado, fingindo que só estão sendo mudados os nomes de alguns desses órgãos, sem nenhuma consideração pelos objetivos que inspiraram a criação desses órgãos e pelas características de suas organização, bem como pela especialização de seus quadros. A par desse absurdo, ocorrem ainda agressões a normas constitucionais expressas e já tradicionais no sistema constitucional brasileiro, como as que consagram a autonomia das Universidades públicas. A mais absurda dessas investidas contra a Constituição e o bom senso é a que consta do artigo 1º, inciso III, desse decreto, cuja redação é mais do que eloqüente na denúncia do absurdo:

“Artigo 1º. A denominação das Secretarias de Estado a seguir relacionadas fica alterada na seguinte conformidade:

..............................................................................................................................

III. de Secretaria de Turismo para Secretaria de Ensino Superior.”

Essa pretensa mudança de nome é uma aberração mais do que óbvia, pois o nome identifica toda uma estrutura, criada para atingir objetivos determinados e organizada para atingir essa finalidade. É do mais elementar bom senso que tendo sido criada para fomentar o turismo aquela Secretaria foi organizada de modo a poder atuar na área do turismo, com órgãos adaptados às características dessa área e, obviamente, com um funcionalismo especializado nesse setor de atividades. Se o Governador alegar que vai aproveitar a mesma organização e os mesmos funcionários estará afirmando um absurdo, pois ninguém será tão tolo a ponto de admitir que o mesmo dispositivo criado para atuar no turismo será competente e eficiente para desempenhar atividades de apoio e fomento à Educação Superior. E se disser que haverá completa alteração da estrutura organizacional e substituição do funcionalismo por outro capacitado para agir na área da Educação Superior, criando-se os cargos indispensáveis para tanto, estará confessando a fraude, a extinção de uma Secretaria e a criação de outra sob o simulacro de mudança de nome. Isso, além de tudo, configura uma inconstitucionalidade em face da Constituição do Estado de São Paulo.

Na realidade, a Constituição paulista dispõe, no artigo 24, parágrafo 2º, que “compete exclusivamente ao Governador do Estado a iniciativa das leis que disponham sobre:...2) criação e extinção de Secretarias de Estado e órgãos da administração pública, observado o disposto no artigo 47, XIX”. Segundo este último dispositivo, enxertado na Constituição do Estado pela Emenda Constitucional nº 21, de 2006, o Governador poderá dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração estadual, quando não implicar aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos. Ora, para que a Secretaria de Educação Superior possa agir com a mínima eficiência no âmbito da Educação é indispensável a existência de órgãos e servidores adequados e capacitados para esse objetivo, o que, evidentemente, não foi feito quando se criou a Secretaria de Turismo. A prova disso é que por meio de outro decreto, o de número 51461, também de 1º de Janeiro de 2007, o Governador do Estado definiu a organização da Secretaria de Educação Superior, ali incluindo muitos órgãos que, por motivos óbvios, não existiam nem existem na Secretaria de Turismo.

Em sentido oposto à necessidade de criação de órgãos e de cargos para especialistas em educação, é evidente que muitos órgãos, ligados ao turismo, ficarão inúteis, por absoluta inadequação, com a simulação da simples mudança de objetivos, impondo-se a extinção de tais órgãos, pela exigência óbvia de eliminação de despesas inúteis. Acrescente-se que com a simulação de simples mudança de nome da Secretaria, tentando ocultar a extinção de uma e a criação de outra, o Governador ofendeu a Constituição do Estado de São Paulo. De fato, pelo artigo 19, inciso VI, da Constituição, compete à Assembléia Legislação, com a sanção do Governador do Estado, dispor sobre a criação e extinção de Secretarias do Estado. Ou seja, esses atos exigem a aprovação de uma lei pela Assembléia Legislativa, não podendo ser praticados por decreto.

Outro ponto fundamental, relacionado com os decretos pelo atual Governador do Estado, é a ofensa à autonomia das Universidades Públicas, que tem apoio na Constituição da República e já constitui uma tradição no sistema público de educação superior no Brasil. Para que isso fique evidente, é oportuno lembrar o que dispõe a Constituição brasileira de 1988 sobre a autonomia das Universidades:

“Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.” Autonomia é expressão de origem grega, que indica o direito de agir independentemente, com suas próprias leis, tendo-se consagrado na linguagem política, jurídica e administrativa brasileira como sinônimo de auto-governo e auto-determinação. A autonomia das universidades foi uma conquista que atravessou várias etapas, incluindo a luta pela libertação de limitações à busca de conhecimentos e à afirmação de novas verdades científicas impostas por motivos religiosos. Em séculos mais recentes, a luta pela autonomia na busca e aquisição e transmissão de conhecimentos teve por meta a eliminação das limitações e dos condicionamentos impostos por motivos de conveniência política ou por intolerância e ignorância de governantes. Como parte da luta pela autonomia, colocou-se a exigência de apoio financeiro e de plena liberdade nas decisões sobre os objetivos e o modo de utilização dos recursos recebidos, para que prepondere sempre o interesse da humanidade, que deve ser o parâmetro superior da comunidade universitária.

Quanto ao sentido e à importância da autonomia, vem a propósito lembrar as observações feitas por dois notáveis juristas brasileiros que se detiveram no estudo do assunto e que com palavras claras e incisivas registraram suas conclusões. Um deles é Hely Lopes Meirelles, uma das mais importantes figuras do Direito Administrativo brasileiro, que, em estudo elaborado no ano de 1989, tendo em conta ameaças feitas à autonomia da Universidade Federal Fluminense, assim se expressou: “Na atual conjuntura, em face do artigo 207 da Constituição da República, “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. É a carta de alforria dessa instituições educacionais, que, ao longo do tempo, estiveram, muitas vezes, jungidas aos interesses eleitoreiros e imediatistas de quantos se arvoraram “tutores” da universidade.”

Outro notável mestre do Direito Público brasileiro, Caio Tácito, que foi professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em estudo publicado na Revista de Direito Administrativo, também no ano de 1989, discorreu, com clareza didática, sobre o significado e o alcance da autonomia universitária. Eis as palavras do mestre:

“A universidade deve nascer, viver e conviver sob o signo da autonomia, que é um conceito multilateral. Primordialmente, autonomia científico-pedagógica, porque é da essência da instituição universitária criar, pesquisar, ordenar e transmitir o conhecimento, como elemento fundamental para difundir a educação e fomentar a cultura. Essa missão básica da universidade pressupõe, no entanto, a disponibilidade de meios flexíveis e satisfatórios à plenitude da concreção de seus fins. Daí a necessidade de estender-se o princípio da autonomia aos meios de operação, consistentes na autonomia patrimonial, autonomia orçamentária e financeira, autonomia administrativa e autonomia disciplinar.”.

A Constituição do Estado de São Paulo reproduz a garantia de autonomia das universidades, coerente com o disposto na Constituição da República, adicionando alguns pontos que é oportuno conhecer. Dispõe a Constituição paulista, no artigo 154, que “a autonomia da universidade será exercida respeitando, nos termos do seu estatuto, a necessária democratização do ensino e a responsabilidade pública da instituição, observados os seguintes princípios: I. utilização dos recursos de forma a ampliar o atendimento da demanda social, tanto mediante cursos regulares quanto atividades de extensão; II. representação e participação de todos os segmentos da comunidade interna nos órgãos decisórios e na escolha dos dirigentes, na forma de seus estatutos.”

Um ponto muito evidente, é que pelo próprio conceito de autonomia, como foi consagrado no sistema Constitucional brasileiro, assim como pelas disposições expressas das Constituições da República e do Estado de São Paulo, cabe à Universidade, exclusivamente e sem qualquer interferência externa, definir suas prioridades e suas diretrizes. Isso implica, também, a competência exclusiva da universidade para definir suas atividades de estudo e pesquisa, sem nenhuma interferência, a qualquer título, de órgãos da administração pública estadual. Por esse ponto fica evidenciada a inconstitucionalidade do decreto estadual nº 51.461, de 1º de janeiro de 2007, que pretendeu dar à Secretaria de Ensino Superior uma série de atribuições que são exclusivas da universidade, porque inseridas no âmbito de sua autonomia. Com efeito, o artigo 2º do decreto diz que constitui o campo funcional da Secretaria de Ensino Superior “a proposição de políticas e diretrizes para o ensino superior em todos os seus níveis”. Como já foi demonstrado, a própria criação da Secretaria de Ensino Superior configura uma inconstitucionalidade, que é agravada pela atribuição àquela Secretaria de funções exclusivas da universidade e que esta tem o direito de exercer com autonomia.

Muitos outros pontos, que significam agressões à autonomia universitária, poderão ser apontados nos infelizes decretos editados pelo Governador do Estado no ano de 2007. Uma referência final deve ser feita a agressões à autonomia financeira da Universidade. Como já foi amplamente demonstrado, a autonomia compreende, necessariamente, a autonomia financeira, que, por sua vez, compreende o direito de receber recursos financeiros do Estado e de lhes dar destinação, pelo modo e no momento que a Universidade, por seus órgãos internos próprios, julgar adequados. Constitui agressão à autonomia da Universidade a sonegação desses recursos que lhe são legalmente assegurados, sendo inadmissível que por conveniência política ou administrativa o governo do Estado retenha esses recursos, mediante o artifício que se convencionou chamar “contingenciamento”, tentando ocultar a realidade da sonegação. A Universidade tem direito constitucional à autonomia e deve posicionar-se firmemente contra todos os artifícios tendentes a diminuição ou negação dessa autonomia.

26 de maio de 2007

Festa da Virada (2)

Enfim tenho tempo. Mas vamos por partes, okey?

Conforme prometido, aqui está o post sobre a Festa da Virada, que aconteceu há duas semanas atrás, no dia 13 de maio, na Praça da Sé. Primeiramente, os meus parabéns à Prefeitura da Cidade de São Paulo, por organizar mais um evento muito legal, que leva a Cultura aos paulistanos, de graça.

Mas nem tudo foram rosas... Cheguei lá pouco antes das 18:00, horário em que estava marcado o show do Pato Fu. Deu o horário, e nada de ninguém entrar no palco. Por volta das 18:20, Alceu Valença, que deveria ter tocado uma hora antes, entrou no palco.

Ele fez um show razoavelmente bom, mas que terminou de um modo muito broxante: enquanto boa parte da galera cantava versos de uma música, pedindo para que ele tocasse, ele disse: "bom, vocês já estão cantando, não preciso tocar mais nada!". Lamentável... Desrespeito!

Em seguida, foi anunciado que tocaria Andrew Tosh! Opa! Peraí, ele nem estava na programação!!! Foi nessa hora em que eu e meus amigos fomos a um bar tomar uma cervejinha. Voltamos meia hora depois, poucos minutos antes do Pato Fu entrar no palco.

Eles fizeram um show razoavelmente bom, mas com pouca animação. Tal falta de animação foi ainda piorada por fãs do Teatro Mágico, que começaram a soltar bexigas e ficaram fazendo brincadeiras que impediam o acompanhamento da banda que estava no palco.

Saíram os patos, vieram os... Metaleiros! Que não tocariam naquele evento!!! E, pior de tudo, era uma banda muito horrível!!!! O show só teve um ponto bom: a última música era decente e teve a participação do vocalista do Velhas Virgens. Fala sério: Velhas Virgens é foda! Melhorou em muito o show!

Em seguida tocou Skowa e a Máfia. Mas para que eles tocassem, foi necessária a entrada do vocal do Teatro Mágico para que o público se acalmasse. Essa banda, de blues, é "boazinha", e os backing vocals tem umas coreografias muito engraçadas!

Mas seria muito melhor se o Teatro Mágico tocasse às 19:00, no horário marcado. Enfim, às 22:15, eles entraram no palco. Sim, três horas e quinze de atraso. Tocaram para... Bexigas! Foi eles entrarem no palco para que os malditos fãs da banda levantassem um monte de bexiga branca, ou seja, só assistiu ao show quem estava na primeira fila.

O show foi ruim porque durou meia hora e eles tocaram pouquíssimas músicas, e, dessa vez, elas não conseguiram me empolgar. O show foi bom porque eles falaram uma boa verdade sobre os fãs de rap, sobre os Racionais MC's e sobre a imprensa, que distorceu completamente os fatos que tinham acontecido na semana anterior. Ou seja, o show foi razoável. Não valeu a pena toda a espera.

Que venha a Virada Cultural 2008. Eu estarei lá!!!

19 de maio de 2007

Então... (17)

Estou sem tempo de novo! Mas dessa vez é só até sexta-feira, quando tenho a P2 de Cálculo 3. Não deveria me preocupar muito com essa prova, afinal, tirei 10 na P1, mas acho que, a cada aula que passa, não conseguirei tirar os 5 que preciso para passar...

E na quinta-feira eu talvez tenha a P2 de Vetores. Talvez pois ainda não sei se ela realmente ocorrerá, pois a ADUSP decidirá na quarta-feira se entrará em greve a partir da quinta e meu professor será um dos que cruzarão os braços caso a decisão tomada seja sim.

Falando em greve: sou a favor da greve, mas acho que ela deveria vir depois da reunião do Conselho Universitário, que deliberará uma posição contra os absurdos decretos do Serra. Digo mais: acredito que os professores/funcionários que não aderirem à greve não lutam por uma universidade decente.

Como foi falado numa reunião no IAG sobre o assunto: ouvimos nossos pais dizerem que no tempo deles a Educação Básica (pública) era excelente, enquanto a nossa não é. Por acaso queremos que nossos filhos não tenham sequer um Ensino Superior (público) decente? Se a resposta for não, pense bem sobre os decretos.

E lembro a todos que fui completamente a favor da Ocupação da Reitoria. Foi tentado um diálogo antes, mas, na impossibilidade dele, se mostrou necessária tal atitude que, a princípio, gerou resultado: a principal questão em jogo (a posição da reitoria e do Conselho Universitário acerca dos decretos do Serra) foi, a meu ver, atendida. Porém, a partir desse instante, a ocupação, na minha opinião, se alongou mais do que o necessário, e a desocupação já deveria ter acontecido.

No próximo fim-de-semana, eu falo sobre a Festa da Virada e sobre o que aconteceu nessa semana.
Lembrando que, na quarta, haverá um ato do funcionalismo público na Paulista. No sábado acontecerá, na USP, a já tradicional Corrida de Rolimã. Vamos lá?

12 de maio de 2007

Festa da Virada

Segue a programação oficial da Festa da Virada, que acontecerá amanhã, dia 13 de maio, na Praça da Sé.

15h - Intervenções de teatro de rua e circo
15h30 - Troupe Djembedon
16h - Karnak (com participação da cantora Ângela Maria)
17h - Alceu Valença
18h - Pato Fu
19h - Teatro Mágico
20h - Moraes Moreira e Armandinho
21h - Leci Brandão (com participação de Germano Matias)
22h - Skowa e a Máfia com participação do apresentador João Gordo, vocalista da banda Ratos de Porão)

Lembrando que todos esses shows são gratuitos!

10 de maio de 2007

Virada Cultural 2007 e a Festa da Virada

Nota 0 para a mídia do medo que impera no Brasil!!!

Dos 350 espetáculos que aconteceram ao longo da Virada Cultural 2007 no último fim-de-semana, mais de 90% das notícias sobre o evento foram do único espetáculo que não deu certo: o show do Racionais MC's.

Nota 0 para a imprensa que só está atrás de IBOPE, que só pretende causar medo na população, que só se interessa pelo dinheiro que pago pelo jabá, que não tocam a verdadeira música brasileira, que pôde ser vista, sem problemas, em alto e bom som, na Virada Cultural.

Nota 10 para a Virada Cultural, que reúniu mais de 3,5 milhões de pessoas ao redor da cultura, por 24 horas seguidas! Nota 10 para o prefeito da cidade, que, finalmente, fez alguma coisa que preste!

Nota 10 para as bandas que tocaram no evento, pois tocaram muito bem e animaram todos os presentes, mostrando seu som, que na maioria é muito bom, mas que infelizmente não é tocado pelas reeds de tv e rádio do Brasil. Palmas para as bandas que, mesmo com esse entrave, com a pouca divulgação do evento, conseguiram reunir 1 mil, 5 mil, 10 mil, 20 mil e até mais de 40 mil pessoas em seus shows!

E mais um parabéns para a Prefeitura de São Paulo, que não se intimidou com a repercussão negativa que a imprensa tentou imprimir à Virada Cultural e agendou, como resposta, mais uma série de shows para o próximo domingo, dia 13 de maio, na Praça da Sé, na faixa!

Vamos lá comparecer mais uma vez e mostrar que o povo não está com medo e quer ver cultura!!

6 de maio de 2007

Pato Fu! Garotos Podres! Zimbo Trio. Plebe Rude...

Hoje teve o final da Virada Cultural, o maior evento cultural da maior cidade do país! Ou seja, é algo que você só sabe que existe uma vez por ano, sabe que é bom, mas que a maior parte de vocês, leitores, não vai! Alguém me explica isso direito? Porque eu, sinceramente, não consigo entender isso...

Agora vamos ao que interessa: os shows!!!

Pato Fu!!!
Fernanda Takai e trupe sabem fazer músicas lindas, com letras muito bonitas. Sabem também fazer um show agradável, que mereça presença, som alto e platéia animada. E o fizeram hoje, na Ladeira São João, para todos os que ouviram sucessos como Made In Japan, Anormal, Canção Para Viver Mais, Tempo, entre outras (a cover dos Mutantes inclusa). Infelizmente, peguei o show no meio... Mas valeu a pena ter dormido menos no domingo!

De lá, fui pro Palco Rock, onde o Ratos de Porão estava tocando. Ouvi uma música, e voltei pra Ladeira pra encontrar com o Max e com o surpreendente Cuxiu (surpreendente porque não tinha combinado nada com ele), para então voltarmos ao Palco Rock para ver...

Garotos Podreeeeeeeeeeees!!!!!!!!!!!
Os rockeiros já bem vividos e com grande pança de chopp, do Garotos Podres, tocaram perto da Praça da República, na Barão de Itapetininga, no chamado Palco Rock. Tocaram vários sucessos, a maioria desconhecidos para mim, mas que fez toda a galera entrar no bate-cabeça e, lógico, eu também, afinal, rock'n'roll bem tocado é bom até pra quem nunca o ouviu! Tocaram duas músicas que eu conhecia: uma versão de Born To Be Wild, chamada Nasci Pra Ser Selvagem, e a mais do que sensacional Papai Noel Filho da Puta! Rock'n'roll dos bons!!!

Depois, fomos fazer um lanche (não eu, que não estava afim de comer nada por problemas estomacais), e ficamos na frente do Teatro Municipal, onde às 3 da tarde começou o show do...

Zimbo Trio e Fabiana Cozza.
O Tiozão (Ricardo) já tinha me convidado pra assistir o Zimbo Trio, grupo de jazz (ou algo parecido) bem antigão, e na única vez que eu aceitei o convite, deu rolo. Mas hoje deu pra ver parte do show. Os caras tocam muito bem! Mas se não tivesse a Fabiana Cozza o show seria muito melhor!!!

Em seguida, fomos descansar um pouco numa das praças do Anhangabaú, para, então, voltarmos para o Palco Rock, dessa vez para acompanhar a...

Plebe Rude...
Que fez um show bem morno (o pior dos que eu acompanhei). Não empolgou quase ninguém... Eles tem músicas mais ou menos boas, mas mesmo essas foram tocadas num tom que parecia que faltava ânimo para a banda, principalmente para um dos integrantes (o mais novo da trupe), que reclamou durante o show inteiro da produção! Enfim... Não foi o melhor fecho para a Virada Cultural, mas mesmo assim, ela valeu a pena!!!

Que venha a próxima, no ano que vem!!!
Ainda nessa semana, mais um post sobre a Virada Cultural, dessa vez sobre a repercussão gerada na imprensa, além de eu comentar os "presentes" que eu trouxe aqui para casa! Até lá. Ah, deixa um comentário aí, você que foi e você que não foi, dizendo o que achou ou porque não foi, afinal, tem a pergunta que eu fiz lá no começo do post a ser respondida!

5 de maio de 2007

Teatro... MÁGICOOOOOOOOOOOOOOOO!!!

Só tem uma palavra pra resumir o que é uma banda que faz um show que mistura rock, MPB, teatro, circo e tudo o que você possa imaginar: FODA!

Os caras são foda, tem atitude, promovem a pirataria, o software livre, a diversidade cultural nacional, os independentes... Enfim... Conheci a banda hoje, mas já devo ter virado fã!!

Palmas, palmas e mais palmas para toda a trupe do Teatro Mágico, que fez um belo show, com excelentes música, platéia bem legal, discurso sensacional e letras perfeitas.

Amanhã tem mais!!! Você irá ou ficará panguando em casa?

4 de maio de 2007

Então... (16)

Sábado e domingo tem a Virada Cultural!!!
A programaçao completa pode ser obtida no site oficial do evento, mas eu colocarei aqui parte dela (obviamente, a parte que merece citação, na minha opinião):

Sábado:
20:00 - Espetáculo: Fernando em Pessoas - CEU Butantã
20:00 - O Teatro Mágico - Barão de Itapetininga
00:00 - Nação Zumbi - Praça da Sé

Domingo:
06:15 - Beatles 4ever - Barão de Itapetininga
10:00 - Pato Fu - Anhangabaú
11:30 - Ratos de Porão - Barão de Itapetininga
13:15 - Garotos Podres - Barão de Itapetininga
15:00 - Os Inocentes - Barão de Itapetininga
15:00 - Zimbo Trio - Teatro Municipal
17:00 - Edgar Scandurra - CEU Jambeiro
17:00 - Massacration - Centro Cultural da Juventude
18:00 - Plebe Rude - Barão de Itapetininga

Infelizmente, como se pode perceber, há alguns conflitos de horário... Mas na hora eu decido com o povo qual assistir!

De resto... Bom... É possível observar luzes no fim dos túneis de Vetores e de Física II. Na primeira, o professor deu um mega-boi no que se refere à P1. Já em Física, aconteceu algo muito inesperado: tirei 6,5 na P1! Esperava tirar entre 4 e 5, mas surpreendentemente (até para mim, que não faço idéia de onde me deram nota) tirei uma nota bem acima disso.

Mas ainda não é momento de comemoração: quarta-feira tem a P2 de Física, e na outra semana tem a P2 de Vetores...

Ainda no que se refere à USP, palmas para os presentes na invasão da Reitoria! É uma atitude que precisou ser tomada, depois do descaso que a reitora Suely Vilela e o vice-reitor fizeram para com os estudantes. Além do mais, chama a atenção para o problema principal, que é o fim da autonomia universitária, além dos ataques à verba universitária e de pesquisa. Outra importante ação será tomada quinta-feira, quando haverá greve geral na USP: de profesores, circular, bandejão e, espero, de alunos também. Que toda a Universidade páre e que todos compareçam na manifestação na Av. Paulista!

Aproveito para avisar que há risco de greve dos metroviários quarta-feira, devido à demissão de 5 pessoas na última greve, que chamou a atenção para a Emenda 3, da Lei da Super-Receita. Importantíssimo ressaltar que tal fato, caso ocorra, gerará um caos enorme na cidade de São Paulo, ainda mais que esse caos já é previsto, com ou sem greve, devido a chegada do papa nazista ao Brasil.

E não, sexta-feira não será feriado!

Nos próximos posts, comento sobre o TIF, sobre como foi a Virada Cultural, e outras coisas mais. Até mais, volte sempre e deixe um comentário!!!