7 de setembro de 2007

Você conhece esta palavra?

Hoje é um dia que você lerá/verá em vários jornais matérias acerca do dia em que nosso Imperador, depois de poluir um pouquinho o Rio Ipiranga, deu um grito que, dizem, fez muita diferença para o Brasil.

Alguns jornais irão mais longe, e contarão toda a história do nosso país, omitindo obviamente a parte anterior a 1500, mas mesmo assim citará muitos fatos e, com letras em negrito, citará o que comemoramos em todos os dias sete do nono mês de todos os anos desde 1822.

In.de.pen.den.te (adj): 1. Livre de qualquer de qualquer dependência ou sujeição; 2. Que tem meios próprios de subsistência; 3. Que tem autonômia política.

Isso é o que o meu Minidicionário Aurélio, em sua 3º edição e 11º reimpressão, classifica como independente. Já um outro dicionário que possuo, um Longman, em sua 4º edição e 5º impressão, de 2003, diz, no verbete "independence":

In.de.pen.dence (n): 1. Political freedom from control by the government of another country; 2. The time when a country becomes politically independent; 3. The freedom and ability to make your own decisions in life, without having to ask other people for permission, help or money.

Na minha opinião, o verbete do Longman é mais claro para definir "independência", mas isso não vem ao caso.

Hoje, estampados em todos os lugares, está: "7 de setembro: Dia da Independência do Brasil".
Aquele jornal que eu citei, que conta toda a história do Brasil, certamente dirá que alcançamos a Independência no dia 7 de setembro de 1822.

Mas eu lhe pergunto, caro leitor, que independência é essa que conseguimos?

Nossa "independência" não satisfaz nenhum dos seis verbetes aqui postados. Continuamos sujeitos às vontades do império americano e dos banqueiros e empresários de vários outros países. Continuamos não tendo meios próprios para sobreviver, dependendo de importações caríssimas (mesmo que exportemos muito do que seria útil aqui dentro). Continuamos nos sujeitando às ordens de países colonizadores como Portugal, Espanha, Inglaterra e, mais recentemente, EUA, entre outros (a diferença é que as ordens vem habilmente camufladas como pedidos). Continuamos sem poder decidir o que queremos, pois temos de pagar juros intermináveis de uma dívida escandalosa.

Enfim, comparando o último parágrafo com ambas as definições, fica claro que a nossa Independência, tão divulgada pela mídia, tão comemorada por nossos políticos, tão enfiada goela abaixo do povo, não existe.

Pergunto: você conhece a palavra "independência"?

Indago: quando, finalmente, poderemos ter a nossa?

2 comentários:

Mazynha disse...

Oiiiee

Nossa Edu mt mt mt legal seu post
:P:P

hehehehe

vc escreve mt bem :P
de verdade

rs :P

Bjoks moço

se cuida

Vixuz disse...

- pois é!
Que independecia mais forjada foi essa!!! ridicula!
Sem contar que, foi um golpe de mestre tudo isso. Pensa... Napoleão acabando com a europa, portugal nao sabia mais o que fazer, aqui tinha tudo o que precisava, foi facil, transferiram covardemente o trono pra ca, abandonando portugal as traças, mas garantiram sua vaca leiteira, que agora podia comerciar com o mundo todo[inglaterra], depois viu que a espanha, já derrotada, nao conseguia mais controlar suas colonias, nas quais foram se fragmentando e tornando "independentes" cada uma por si, com um puta derramamento de sangue.
Já Portugal [os burros] além de nao terem enfrententado estrategicamente [¬¬] napoleão, fez com que o Brasil se torna-se independente, o que seria inevitável, nas maos deles msmo, sem deixar que o Brasil fosse desfragmentado... e por ai vai...

Me disseram que essa independencia foi politica e nao economica, ¬¬ nem que fosse independencia psicologica akilo num foi independecia

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