16 de dezembro de 2006

Veeem!!! Veeem!!! Vem pra rua vem!!! (3)

O próximo
Ainda não desistimos, e não desistiremos tão facilmente. A luta contra o aumento das tarifas do transporte que deveria ser público continua! O próximo grande ato será no dia 21 de dezembro, com concentração às 16:00 em frente ao Theatro Municipal, e saída em passeata do local às 18:00. Compareça. Ou você vai se abster diante dessa e de muitas outras ações políticas tranbiqueiras de extorsão do SEU dinheiro, enquanto eles aumentam o tamanho dos bolsos deles?

“Dança Kassab, dança até o chão! Aqui é o povo unido contra o aumento do busão!”

O último
Era numa quinta-feira, e a previsão do tempo anunciava chuva. Mas tal aviso não foi suficiente para deixar mais de 700 pessoas, que queriam lutar pelos seus direitos de terem um transporte público, em casa de braços cruzados. Elas foram às ruas, parar a cidade mais uma vez contra o abusivo aumento, maior que o dobro da inflação acumulada registrada no período, das tarifas de ônibus, trem e metro.

O céu estava preto, mas não era algo que nos assustasse. Estávamos apenas com um certo receio de que ocorresse uma outra repressão policial sem sentido. Mas, felizmente, só ocorreram, por vezes, tensões entre ambas as partes.

Com um pouco de atraso, saímos em passeata do Teatro Municipal de São Paulo, seguindo em direção à Praça da República, e indo de lá para a Sé. Mas mudamos de trajeto, e subimos a Liberdade. A polícia até tentou liberar uma das faixas da avenida, mas os poucos manifestantes não se intimidaram, e pararam a rua inteira.

“Vem! Vem cidadão! Vem barrar o aumento do busão!”

Convocávamos a população para esta luta. Jovens, estudantes, trabalhadores. A luta contra o aumento dos transportes (e também contra a privatização do serviço) é de todos. Fomos seguindo, triunfantemente conseguindo com que mais pessoas se juntassem a nós!

Íamos rumo à Avenida Paulista, centro dos bancos que lucram através da exploração de bens públicos e da própria população direta ou indiretamente. Centro também das festas burguesas, que não se importam nem em fazer silêncio perto dos hospitais da região. Lá, fechamos três das quatro vias (a polícia até tentou nos manter em apenas uma, mas mais uma vez a operação foi mal sucedida), e fomos até o MASP, onde celebramos o ato que tinha terminado (afinal, alguns não tiveram fim devido à repressão injustificada) e nos preparamos para a próxima ação: pular a catraca do metro, afinal, R$ 2,30, NÃO DÁ!

Depois de um pequeno incidente na estação Trianon-MASP, seguimos à Brigadeiro, onde nos organizamos perfeitamente, e obtivemos sucesso, terminando, de vez, com o grande ato ocorrido na última quinta-feira. Até combinou com o tempo bom que fez na região, onde não caiu um pingo d’água!

“Não é mole não!! Quem faz a lei não anda de busão!”

Balanço
O ato teve um balanço bem positivo. Cerca de 700 pessoas compareceram, mesmo a meteorologia afirmando que choveria forte na cidade inteira. Foi um ato que teve começo, meio e fim, de modo que não ocorreu nenhum choque nem com a Polícia Militar nem com a Força Tática (alguns momentos de tensão existiram, mas foram rapidamente sanados). Convencemos mais pessoas que a luta contra o aumento não terminou (houve até caso de policiais comprarem um jornal do Socialismo Revolucionário, uma corrente do P-SoL), e, acreditamos, nos consolidamos como uma força que realmente está atuando, inclusive com chances de atingir a meta de baixar a condução.

“Boi, boi, boi. Boi da cara preta. Se a tarifa não baixar a gente pula a roleta!”

Que venha o próximo!!!

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